Na tradição alquímica
A forma labiríntica pode ser encontrada em edificações tridimensionais, como o mítico Labirinto de Creta, um dos principais mitos gregos. Ou em jardins construídos neste formato, nos desenhos impressos em jornais, entre outros espaços antigos e modernos, como a Internet, concebida igualmente como um labirinto.
No outro, chamado a estratégia de Ariadne louca, o usuário vai navegando sem se atentar ao caminho, através de ensaios e erros, de site em site, sem que seja possível refazer a trilha percorrida. Tanto um plano quanto o outro pode levar o internauta a obter os mais variados frutos de sua busca.
O escritor argentino Jorge Luis Borges se valeu, em muitos de seus escritos, desta imagem envolta em mistérios desde tempos remotos, chegando a compor um texto intitulado ‘O Labirinto’. Ele via o mundo como um labirinto do qual é impossível fugir, pois seus caminhos são totalmente desorientadores e ilusórios.
O labirinto de Creta, um dos mitos gregos mais conhecidos, é edificado por Dédalo para nele encerrar o monstro conhecido como Minotauro
Há os labirintos mais simples, com trilhas que seguem uma única direção e, depois de alguns movimentos circulares, leva as pessoas ao seu núcleo. E há os Dédalos, que têm como objetivo desorientar os viajantes, através de entradas e saídas variadas.
Entre os gnósticos o labirinto também tem uma conotação iniciática, pois o adepto deve percorrer seus caminhos, passando assim por uma espécie de âmago espiritual invisível, onde ocorre a conversão das sombras em luz e, assim, uma renovação pessoal. É quando o ser se depara finalmente com a verdade que busca.
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