Caronte (em grego, Χάρων — o brilho) era uma figura mitólogica do mundo inferior grego (o Tártaro) que transportava os recém- mortos na sua barca através do Aqueronte, rio que delimitava a região infernal, até o local no Tártaro que lhes era destinado.
Era costume grego colocar uma moeda, chamadaóbolo, sob a língua do cadáver, para pagar Caronte pela viagem.
Se a alma não pudesse pagar ficaria forçosamente na margem do Aqueronte para toda a eternidade, e os gregos temiam que pudesse regressar para perturbar os vivos.
Caronte era muitas vezes retratado com uma máscara de bronze na qual ocultava sua verdadeira face macabra que faria os recém-mortos repensarem em entrar na barca.
Caronte recebeu esta tarefa após ter tentado roubar a caixa de pandora, surpreendido por Zeus ele foi mandado para o Erebus onde deveria cumprir sua tarefa.
No início, Caronte fazia a travessia junto com seu irmão gêmeo Corante. Cada um utilizava um remo e cada um ficava com uma das moedas e, quando mandavam uma gorjeta a mais, os dois dividiam.
Assim deveria ser por toda a eternidade.
Porém Corante começou a notar que as gorjetas estavam cada vez mais raras e, quando haviam, eram valores muito menores que o costumeiro, e começou a duvidar de seu irmão.
Pois que um dia descobriu que Caronte estava lhe roubando.
Pegava a gorjeta antes que ele viesse e desviava parte do faturamento para si.
Por isso os dois brigaram selvagemente por 13 meses (de 28 dias) e um dia.
Neste tempo, os mortos perambulavam pela terra, pois não havia quem os conduzisse para o Outro Mundo.
No 365º dia, Caronte matou seu irmão afogando-o no rio.
Nesta hora o corpo de Corante se dissolveu e tingiu todo rio de vermelho.
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