segunda-feira, 20 de junho de 2011

A LENDA DO ARCO-ÍRIS !!




Um arco-íris (também chamado arco-celeste, arco-da-aliança, arco-da-chuva, arco-da-velha) é um fenômeno óptico e metereológico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva.

Ele é um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a ordem completa é vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil(ou indigo) e violeta. Seu efeito pode ser observado sempre que existir gotas de água no ar e a luz do sol estiver brilhando acima do observador em uma baixa altitude ou ângulo. O fenômeno fica mais espetacular quando se contrapõe a nuvens escuras de chuva ou é observado próximo a cachoeiras.

Existem muitos fatos e lendas que se referem ao arco-íris, cuja maioria pertence ao reino do imaginário, fruto do folclore popular ou da criatividade poética e artística.

Antigamente, e até hoje em dia, há quem pense, porém, que este fenômeno ótico é um sinal divino. No Antigo Testamento faziam apologia ao arco-íris, como sendo o símbolo da Aliança. Dizem que Deus, depois do dilúvio, fez a promessa que nunca voltaria a repetir-se essa catástrofe na terra e, para isso, surgiria no céu algo simbolizando a conciliação, o arco-íris.


Os ameríndios acreditam que o arco-íris é constituído pela alma das flores silvestres nascidas nas florestas ou dos lírios do vale.

Outra história diz respeito à existência de um pote cheio de moedas de ouro no final do arco-íris, mas isso faz parte do lendário, desafiando aquele que estiver disposto a encontrar esse imaginário tesouro escondido e ficar rico...






Sobre a origem dessa lenda, lembra os tempos remotos quando os ciganos eram perseguidos e massacrados pelo mundo afora.

Eles viviam desesperados porque eram pacíficos e não guerreavam nem para se defender, pois no lugar de armas portam seus violinos; no lugar de guerras, cantam suas canções alegres; e no lugar de destruição, a beleza de suas danças substitui a morte.

Em seus corações pulsavam somente a alegria de viver e o desejo de liberdade; em lugar da fome surgia a mesa farta distribuída para todos.

Por essa razão, os ciganos eram nômades e viviam em fuga, procurando a tão almejada paz sem a necessidade de recorrer à guerra.

Cansados de fugir e chorar as intermináveis perdas de parentes e amigos, uma bela cigana grávida, ao ver o arco-íris, clamou salvação para seu povo com toda a força de sua alma, principalmente porque trazia no ventre um filho preste a nascer, em meio a toda àquela violência e miséria.

Prostrada, a mulher chorava copiosamente, esperando receber uma resposta do arco-ires, quando percebeu que as cores do fenômeno começavam a brilhar cada vez mais intensamente, alternando-se com rapidez.

Limpando as lágrimas dos seus olhos e imaginando ver fantasias devido ao pranto, reagiu, mas foi vencida pelas cores do arco-íris que se alternavam como se fossem as cordas de um instrumento musical, como pequenos sinos emitindo sons divinos.

Acalmou-se dominada por uma imensa paz, segurou com as mãos o ventre que guardava o filho e suplicou pelo fim daquela situação de seu povo. Subitamente, ouviu uma voz emanada das cores do arco-íris pedindo calma e garantindo que a mulher não perderia o filho guardado como um tesouro em seu ventre :

– Ele fará com que minhas cores ganhem vida em suas mãos, suprindo eternamente todas as suas gerações com moedas de ouro, pois a ele será dado o pote encantado que trago em minhas cores, cuja magia passará a fazer parte de suas almas com o verde levará a esperança e a fartura; com o vermelho, a vida, o entusiasmo e o vigor; com o amarelo, a realeza e a riqueza; com o azul terá serenidade e intuição; com o laranja, a energia, a vitalidade e a emotividade; e com o violeta levará a transmutação e a perseverança; com o rosa, o amor, a beleza, a moralidade e a música.

A lenda cigana espalhou-se pelo mundo, levada pelo encanto das roupas coloridas desse povo, pela magia de suas danças, pela sua atração pelo ouro e pela crença que existe no fim do arco-íres um pote de ouro inesgotável para supri-lo.



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Os povos antigos sempre observaram que o fenômeno acontece após uma chuva, quando a luz branca do sol matizada de todas as cores produz o fenômeno ótico. Os Navajos, índios norte-americanos, acreditam que a Deusa da Roda do Arco-Íris, ou o Círculo do Arco-Íris, possui as chuvas amigas que alimentam durante o verão as três irmãs divinas (milho, abóbora e feijão), que, por sua vez, também alimentam esses indígenas peles-vermelhas.

Acreditam os Navajos que a deusa da Roda do Arco-Íris chega de todas as quatro direções e gira como uma suástica, de modo a cobrir todos os rumos. Sem as bênçãos da chuva, as três irmãs morreriam e o povo não poderia mas continuar a ser alimentado.

A Roda do Arco-Íris representa também a promessa de paz entre todas as nações com o povo Navajo, considerado a Raça do Arco-Íris, vindo a reforçar a igualdade entre as nações e se opondo a idéia de uma raça superior que controlaria ou conquistaria as outras, através da consciência de que todas elas se constituem na verdade uma só.

O Arco-Íris encarna a ideia da unidade de todas as cores e a crença de que todos devem trabalhar juntos, visando o bem comum.




Desde os primórdios dos tempos o homem observou o arco-íris como uma ponte que unia o céu a terra, ou seja, que une nosso plano físico ao espiritual.

Os gregos observavam o fenômeno como um arco colorido unindo o céu a terra, quebrando a monotonia do horizonte, acreditando estar recebendo um sinal positivo dos deuses.

Para eles, esse fenômeno estava diretamente relacionado a deusa Íris, mensageira da deusa Juno, esposa de Zeus, que surgia no céu caminhando por um arco formado por sete cores (violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho) para trazer mensagens divinas aos homens.

A religiosidade predominava na vida havaiana e permeava suas atividades diárias e cada evento significativo, tal como o nascimento, o casamento, a morte, a pesca, a agricultura e a guerra.

Os antigos havaianos adoravam grande número de deuses, a maioria deles vinculados a manifestações da natureza, como Ke Anuenue, deusa que personifica o arco-íris e também associada diretamente a chuva, a fertilidade da terra, a agricultura e a prosperidade.

O arco-íris, aliás, quase sempre foi símbolo de uma nova esperança, já que ele se projeta no céu, logo após uma tempestade. Ele representa harmonia, sucesso e prosperidade, entretanto, para algumas culturas o arco-íris envolve uma atmosfera de medo.

Uma lenda popular na Finlândia, associa-o a foice do Deus do Trovão.

Os árabes consideram-no como sendo o arco do demônio.

Em outras tradições existe a crença que o ato simples de apontar para um arco-íris pode custar a perda de um dedo ou uma úlcera.

Já na Romênia, há uma lenda que todo aquele que passar abaixo dele, obterá uma mudança de sexo.

Entre os hebreus e os cristãos, o arco-íris é considerado como o arco da promessa.

Na mitologia nórdica, Bifrost, o arco-íris, também associado com a Via Láctea, era a ponte que conectava a Terra, chamada de Midgard, com Asgard, a Casa dos Deuses, pois só essas divindades poderiam cruzá-lo.

Para os achewa, uma tribo africana cuja sobrevivência depende exclusivamente da agricultura, o arco-íris representa os braços de Deus e é um símbolo da providência, que se manifesta através de nuvens carregadas de chuva. Na escassez deste líquido precioso, toda a tribo invoca um ser supremo conhecido pelo nome de Chiuta (Grande Arco), o Senhor do Arco-íris.


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