sexta-feira, 22 de julho de 2011

VAMPIRO : O DEMÔNIO ROMANTICO !!





Marie Laveau
a famosa rainha voodoo 
de Nova Orleans, do século 19,  
uma vez disse ser vampira. 

Não, ela não era. 



Mas um notável escritor do início de 1800, 
Lafcadio Hearn, disse que ela era – 
ao menos isso é o que especulamos. 

Ele provavelmente estava falando da filha dela, 
também chamada Marie
com quem ele propositalmente viveu. 

Então, Mister Hearn era um romântico. 



Nascido na Grécia (terra dos Vrykolakas)
renomado como jornalista e escritor em Nova Orleans
onde se tornou familiar com a comunidade voodoo, 
Lafcadio caminhou pelo lado negro, com certeza. 


Mas suas alegações sobre Marie Laveau 
não eram de todas inacreditáveis.


No voodoo em Nova Orleans no séc. XIX, 
o sangue dos novatos era drenado, 
e segundo consta, bebido. 




Selvagens, alguns relatos falam de crianças 
sendo cozinhadas em caldeirões e então comidas. 

Isso não acontecia, mas algumas pessoas acreditavam nisso, 
exatamente como alguns acreditavam 
que os vampiros espalharam a Peste Negra na Europa.



Mas existiam razões para se chamar Marie Laveau 
de vampira (poderíamos dizer, uma… vamp ?)

Ela era tão sensual quanto sobrenatural. 

E não muito diferente de Laveau
os vampiros da velha Europa carregavam 
a mensagem subliminar do sexo consigo, 
quando se reerguiam dos caixões 
em busca de sangue.



A mente vitoriana podia ser confrontada 
com a subliminar sensualidade dos vampiros 
através da ficção do Dracula
mas, nos tempos antigos, existiam dois demônios 
que não eram tão sutis quanto 
ao propósito de suas visitas noturnas. 

Esses “ demônios românticos ” eram os íncubus e as succubus.



Pesadelos, sobre a ótica clássica da análise Freudiana
eram relacionados com ansiedade ou repressão sexual. 


Mas na Idade média, visões de demônios da noite que visitavam a cama de alguém eram inquestionáveis de que se tratavam do trabalho do íncubus (masculino) e da succubus (feminino)

Os íncubus/succubus eram demônios 
que atacavam as pessoas durante o sono. 

Na noite a criatura paralisava a vítima 
e então começava relações sexuais com ela, 
contra a vontade da vítima, claro. 



Essa crença nesses demônios noturnos é explicada hoje 
como a racionalização da repressão sexual 
perpetrada pela opressão da Igreja, 
ao menos, por um ponto de vista. 


A lenda do vampiro não é muito diferente 
dos contos de íncubus/succubus
salvo a diferença que os vampiros bebem o sangue, 
ao invés de não manterem relações sexuais com suas vítimas.


Alguns diziam que uma succubus 
era essencialmente uma linda, 
porém demoníaca, metamorfa 
que assumia a forma feminina 
que mais agradasse a vítima masculina, 
na ânsia de reproduzir com ele 
pequenos demônios. 

Então, uma vamp ! 

Outros diziam que uma succubus 
se transformava num íncubus 
quando transava com um homem, 
e voltava a ser succubus 
quando transava com mulheres, 
e por aí vai…


Os íncubus/succubus eram usualmente 
associados com a bruxaria. 

Um livro de 1584 chamado Descobertas da Bruxaria
de Reginald Scot falava do fenômeno íncubus/succubus 
e declarava ter visto um íncubus 
na cama de uma mulher. 


Por vezes, em outros casos, 
ele atribuía o demônio à imaginação. 


Mas basicamente alguém poderia, relutantemente, 
concordar em declarar que tinha tido relações sexuais 
com um íncubus/succubus, forçado por bruxaria. 


Mas assumir que tinha transado 
com o diabo ou com demônios 
era uma evidência de ser uma bruxa. 

E eles matavam bruxas.


É interessante notar que as pessoas acreditavam 
que existiam diferentes “classes” de demônios, 
alguns mais exaltados que os outros. 


Os íncubus/succubus eram inferiores 
na hierarquia dos demônios.



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