segunda-feira, 4 de julho de 2011

ASTROLOGIA :

A palavra astrologia tem origem no grego astrología e remete-se ao latim por astrologia

Numa definição acadêmica, pode se compreender a astrologia como " estudo ou conhecimento da influência dos astros, especialmente de signos, no destino e no comportamento dos homens ".


Porém, sob uma definição mais precisa, a astrologia é uma protociência; ou seja, uma área de estudo que ainda não possui comprovação científica, que se baseia na observação do céu e dos astros com a finalidade de prever épocas mais adequadas para o plantio, colheita e pesca, por exemplo. 

De modo gradativo, o conceito de previsão astrológica se estendeu além das atividades de subsistência e passou a ser utilizado também para a política, monarquia, aspectos sociais e outras áreas de interesse comum às antigas civilizações.





ORIGEM E HISTÓRIA :


A astrologia é peça fundamental da espiritualidade, arte e ciência, da maioria das civilizações da antiguidade. 

Em rústicas representações rupestres, é possível encontrar referências aos astros em função de prever fenômenos naturais. 

Até mesmo Stonehenge poderia ser um observatório astrológico.


Por este motivo, torna-se impreciso especificar um período ou região que a astrologia tenha surgido. 

Mas, há registros históricos no Egito e na Suméria (atual Iraque) que datam de 5000 a.C. e 4200 a.C.. 

Uma das mais antigas referências estava na biblioteca de Assurbanipal, na Babilônia. 

Ainda, considera-se que a possível origem das observações astrológicas seja na civilização do Vale do Indo, na Ásia Meridional.


Na China, segundo a crença, Buda, momentos antes de sua morte, convocou os animais para se despedir, mas apenas 12 compareceram e a astrologia chinesa foi fundamentada nestes 12 animais. 

A Índia passou a utilizá-la por volta de 1500 a.C. A astrologia dos astecas utilizava vinte signos. 

Os caldeus (tribo do litoral do Golfo Pérsico e componente do Império da Babilônia) já utilizavam a astrologia de um modo mais complexo. 

Seus estudos não se apoiavam apenas nos movimentos do Sol e da Lua, mas também de todo um conjunto de astros, seus percursos e análises matemáticas.


O misterioso personagem Hermes Trimegisto (autor do livro Caibalion) era versado em astrologia. 

O mapa astral pessoal mais antigo remete ao ano 409 a.C.. 

No ano 640 a.C, na Grécia, a astrologia se popularizou com Aristóteles, Hiparco e Ptolomeu. 

Em Roma, era peça fundamental da estrutura social e monárquica. 

Mas, com a queda do Império Romano no século V e a gradativa ascensão da Igreja Católica, a astrologia foi relegada à condição de "superstição pagã".


Na baixa Idade Média, a astrologia ressurgiu e se fortaleceu com o resgate da arte e filosofia da antiguidade. 

Nesse mesmo período, os conceitos matemáticos passaram a fundamentar o estudo da astrologia. 

O filósofo e teólogo alemão, Alberto Magno (1200 - 1280) potencializou o estudo da astrologia ao tentar separá-la de sua conotação pagã, atribuída desde o declínio do império romano. 

Tomás de Aquino (1225 - 1274) interpretou que os ensinamentos astrológicos eram complementares à doutrina cristã. Na universidade de Bolonha, em 1125, a astrologia atingiu a condição acadêmica.


Na Renascença, prosseguiu seu percurso sem intervenção da Igreja. Paracelso, Copérnico, Galileu, Newton e Nostradamus foram alguns de seus ilustres pesquisadores. 

O teólogo Isidoro de Sevilha foi um dos primeiros a distinguir a astrologia da astronomia. 

Esta divisão se tornou mais nítida no século XVI.


Entre os séculos XVIII e XIX, a astrologia continuou ganhando popularidade, mas caiu em descrédito quando usurpadores e charlatões passaram a aplicá-la sem recursos e conhecimento necessários. 

No século seguinte, com a ascensão da Sociedade Teosófica, liderada por Madame Blavatsky, a astrologia começa a reconquistar sua credibilidade. 

No final do século XX, é associada aos fundamentos psicológicos do suíço Carl Jung e, paralelamente, assume uma função menos voltada para a previsão e consolida-se como uma ferramenta utilizada também em técnicas psicológicas de autoconhecimento.










ASTROLOGIAS :



Não há uma fórmula distinta a qual possa ser aplicada para a prática astrológica. Por ser um campo de estudo tão antigo e amplamente difundido, é natural que cada cultura, período histórico e praticante, desenvolvam métodos próprios.


Pode-se citar como exemplo a Astrologia Chinesa, que está diretamente associada aos 12 signos do zodíaco chinês; 

sendo estes signos, representações de animais como o tigre, o dragão e o cavalo; 

além da combinação dos cinco elementos (água, madeira, fogo, metal e terra) e, obviamente, o posicionamento e o percurso de corpos celestes.


Ainda, a Jyotisha (que pode ser compreendida como ciência dos corpos estelares) é variação indiana da astrologia que utiliza o conceito de Zodíaco Sideral (com a posição astronômica atual dos corpos celestes) é uma importante prática dentro do complexo conjunto do hinduísmo. 

A astrologia ocidental, que utiliza o Zodíaco Tropical (representando a posição astronômica no século I), é baseada no sistema da Grécia antiga e na interpretação de Blavatsky no século XX. 

Há também a astrologia cabalística que combina os fundamentos da astrologia oriental com a o sistema religioso-filosófico da Cabala.


Entretanto, todos estão, de uma forma abrangente, solidificados sob uma mesma base : a posição e o percurso dos astros e planetas, como o Sol, a Lua e a Terra; e as relações matemáticas (trigonométricas) e geométricas entre este posicionamento e a movimentação. 

Esta interpretação baseia-se em três itens fundamentais: os aspectos astrológicos (relativos à trigonometria); posicionamento em relação aos signos do zodíaco e posicionamento em relação ao horizonte (neste caso, zênite e nadir; ou seja, parte superior e inferior da esfera celeste segundo o observador).


A conclusão (ou resultado) da combinação destes elementos pode receber diferentes abordagens. 

Por exemplo, a Carta Astrológica (também conhecida por Mapa Natal Carta Natal, entre outras denominações) é a representação gráfica desta conclusão. 

Uma pessoa (um país ou uma cidade, por exemplo) é estabelecida como centro de um mapa celeste circular dividido pelas 12 casas do zodíaco. 

A configuração astronômica no momento do "nascimento" constitui seu mapa astrológico. 

Através da abordagem da Carta Astrológica, que é também abordagem mais popular da Astrologia, é possível determinar características pessoais, constituição de um país, desenvolvimento de um governo, entre outros. 

Em outro caso, segundo a abordagem da Astrologia Eletiva, é possível determinar o momento mais adequado para iniciar um empreendimento.







MECANISMO ASTROLÓGICO :



Alberto Magno interpretava que os astros não influenciavam a alma humana; porém, eram capazes de influenciar o corpo físico e a vontade. 

Cornelius Agrippa (suposto autor do Heptameron) interpretava o universo como uma unidade (Unus Mundus) no qual o que ocorre no mundo celestial tem impacto na esfera dos fenômenos e é intermediado pela esfera dos corpos celestes. 


Deste modo, a relação entre o campo de atuação dos corpos celestes e o campo de atuação humana, não é apenas uma casualidade; mas sim uma analogia ou sincronicidade.



Correntes de estudo mais recentes buscam traçar uma linha de conectividade entre a astrologia, em seu "estado puro", e a comprovação científica. 

Desse modo, o posicionamento dos astros, data e hora de nascimento, criariam "campos eletromagnéticos" que influenciariam nas características e desenvolvimento de uma pessoa, por exemplo. 

Essas pesquisas utilizam métodos de estatística e probabilidade, analogia e sincronismo. 

Portanto, duas pessoas que nascem em condições astrais semelhantes, têm (teoricamente) as mesmas características de personalidade e tendem a seguir as mesmas profissões etc.



Um paralelo entre astrologia e biologia determina uma relação entre os ciclos circadianos (período de um dia no qual, por influência da luz solar, se baseia o ciclo biológico humano). 

A variedade de raios cósmicos que chegam à Terra também são alvos de estudos científicos e astrológicos.




Atualmente, o conceito mais amplo da astrologia já está bastante distante do que era há poucos séculos. 

Ainda é considerada, por alguns, como apenas uma superstição explorada com finalidades lucrativas. 

Porém, independentemente de sua classificação acadêmica ou de idéias superficiais, a astrologia consolida-se como uma das mais significativas vertentes de estudo e pesquisa de grupos esotéricos e uma importante ferramenta que complementa outras áreas de estudo, sejam elas científicas ou não.





Downloads Disponíveis :


Nenhum comentário:

Postar um comentário