terça-feira, 5 de julho de 2011

MÉTODOS DE TORTURAS E EXECUÇÕES NA IDADE MÉDIA !!

Durante a atuação da Santa Inquisição 
em toda a Idade Média, 
a tortura era um recurso utilizado 
para extrair confissões 
dos acusados de pequenos delitos, 
até crimes mais graves. 


Diversos métodos de tortura foram 
desenvolvidos ao longo dos anos. 


Os métodos de tortura 
mais agressivos 
eram reservados àqueles 
que provavelmente 
seriam condenados à morte.



Além de aparelhos mais sofisticados 
e de alto custo, utilizava-se também 
instrumentos simples como tesouras, 
alicates, garras metálicas 
que destroçavam seios 
e mutilavam órgãos genitais, 
chicotes, 
instrumentos de carpintaria adaptados, 
ou apenas barras de ferro aquecidas. 


Há ainda, instrumentos usados para simples 
imobilização da vítima. 


No caso específico da Santa Inquisição, 
os acusados eram, geralmente, torturados 
até que admitissem ligações com Satã 
e práticas obscenas. 


Se um acusado denunciasse outras pessoas, 
poderia ter uma execução menos cruel.










Os inquisidores utilizavam-se de diversos recursos 
para extrair confissões ou "comprovar" 
que o acusado era feiticeiro. 

Segundo registros, as vítimas mulheres 
eram totalmente depiladas pelos torturadores 
que procuravam um suposto sinal de Satã, 
que podia ser uma verruga, 
uma mancha na pele, 
mamilos excessivamente enrugados 
(neste caso, os mamilos representariam 
a prova de que a bruxa 
"amamentava" os demônios) etc. 

Mas este sinal 
poderia ser invisível 
aos olhos dos torturadores. 

Neste caso, 
o "sinal" seria uma parte 
insensível do corpo, 
ou uma parte que se ferida, 
não verteria sangue. 

Assim, 
os torturadores espetavam 
todo o corpo da vítima 
usando pregos e lâminas, 
à procura do suposto sinal.



No Liber Sententiarum Inquisitionis 
(Livro das Sentenças da Inquisição) 
o padre dominicano Bernardo Guy 
(Bernardus Guidonis, 1261 - 1331) 
descreveu vários métodos 
para obter confissões dos acusados, 
inclusive o enfraquecimento 
das forças físicas do prisioneiro. 

Dentre os descritos na obra 
e utilizados comumente, 
encontra-se tortura física 
através de aparelhos, 
como a Virgem de Ferro 
e a Roda do Despedaçamento

através de humilhação pública, 
como as Máscaras do Escárnio
além de torturas psicológicas 
como obrigar a vítima 
a ingerir urina e excrementos.



De uma forma geral, 
as execuções eram realizadas 
em praças públicas 
e tornava-se um evento 
onde nobres e plebeus 
deliciavam-se 
com a súplica das torturas 
e, conseqüentemente, 
a execução das vítimas. 

Atualmente, 
há dispostos 
em diversos museus do mundo, 
ferramentas e aparelhos 
utilizados para a tortura.




MÉTODOS DE TORTURAS :



RÓDA DE DESPEDAÇAMENTO :



Uma roda onde o acusado 
é amarrado na parte externa. 

Abaixo da roda há 
uma bandeja metálica 
na qual 
ficavam depositadas 
as brasas. 

À medida que a roda 
se movimentava 
em torno do próprio eixo, 
o acusado 
era queimado pelo calor 
produzido pelas brasas. 

Por vezes, 
as brasas 
eram substituídas 
por agulhas metálicas.

Este método 
foi utilizado entre 1100 e 1700 em países 
como Inglaterra, Holanda e Alemanha.












DAMA DE FERRO :



A dama de Ferro 
é uma espécie de sarcófago 
com espinhos metálicos 
na face interna das portas. 

Estes espinhos 
não atingiam 
os órgãos vitais da vítima, 
mas feriam gravemente. 

Mesmo sendo 
um método de tortura, 
era comum 
que as vítimas 
fossem deixadas lá 
por vários dias, 
até que morressem.

A primeira referência confiável 
de uma execução 
com a Dama de Ferro, 
data de 14 de Agosto de 1515. 

A vítima era um 
falsificador de moedas.











BERÇO DE JUDAS :



Peça metálica 
em forma de pirâmide 
sustentada por hastes. 

A vítima, 
sustentada por correntes, 
é colocada "sentada" 
sobre a ponta da pirâmide. 

O afrouxamento 
gradual ou brusco 
da corrente manejada 
pelo executor 
fazia com que 
o peso do corpo 
pressionasse 
e ferisse o ânus, 
a vagina, cóccix 
ou o saco escrotal.

O Berço de Judas 
também 
é conhecido como 


Culla di Giuda (italiano), 
Judaswiege (alemão),
Judas Cradle
 ou simplesmente 
Cradle (inglês) 
e La Veille (A Vigília, em francês).










GARFO :


Haste metálica com duas pontas 
em cada extremidade 
semelhantes a um garfo. 

Presa por uma 
tira de couro 
ao pescoço da vítima, 
o garfo pressiona 
e perfura a região 
abaixo do maxilar 
e acima do tórax, 
limitando 
os movimentos. 


Este instrumento 
era usado 
como penitência 
para o herege.









GARRAS DE GATO :


Uma espécie 
de rastelo usado 
para açoitar 
a carne dos prisioneiros.











PÊRA :



Instrumento metálico 
em formato 
semelhante à fruta. 


O instrumento 
era introduzido 
na boca, ânus 
ou vagina da vítima 
e expandia-se 
gradativamente. 


Era usada 
para punir, 
principalmente, 
os condenados 
por adultério, 
homossexualismo, 
incesto 
ou "relação sexual 
com Satã".






MÁSCARAS :



A máscara de metal 
era usada 
para punir 
delitos menores. 


As vítimas 
eram obrigadas 
a se exporem 
publicamente 
usando as máscaras. 


Neste caso, 
o incômodo físico 
era menor 
do que a 
humilhação pública.






CADEIRA :


Uma cadeira coberta 
por pregos na qual 
a vítima era obrigada 
a sentar-se despida. 

Além do próprio 
peso do corpo, 
cintos de couro 
pressionavam a vítima 
contra os pregos 
intensificando 
o sofrimento. 


Em outras versões, 
a cadeira possuía 
uma bandeja 
na parte inferior, 
onde se 
depositava brasas. 


Assim, 
além da perfuração 
pelos pregos, 
a vítima também sofria 
com queimaduras 
provocadas 
pelo calor das brasas.








CADEIRA DAS BRUXAS :


Uma espécie de cadeira 
na qual a pessoa 
era presa de costas 
no acento 
e as pernas voltadas 
para cima, no encosto. 

Este recurso era usado 
para imobilizar 
a vítima e intimidá-la 
com outros 
métodos de tortura.






CAVALÊTE :



A vítima era posicionada 
de modo 
que suas costas 
ficassem apoiadas 
sobre o fio cortante 
do bloco. 

Os braços eram presos 
aos furos da parte superior 
e os pés presos 
às correntes 
da outra extremidade. 

O peso do corpo 
pressionava 
as costas do condenado 
sobre o fio cortante.

Dessa forma, 
o executor, 
através de um funil 
ou chifre oco 
introduzido 
na boca da vítima, 
obrigava-a ingerir água. 

O executor tapava 
o nariz da vítima 
impedindo o fluxo de ar 
e provocando o sufocamento. 

Ainda, há registros 
de que o executor golpeava 
o abdômen da vítima 
danificando os órgãos internos 
da vítima.










ESMAGA CABEÇA :


Como um capacete, 
a parte superior 
deste mecanismo 
pressiona, 
através de uma rosca 
girada pelo executor, 
a cabeça da vítima, 
de encontro a uma base 
na qual encaixa-se o maxilar. 

Apesar de ser 
um instrumento de tortura, 
há registros de vítimas fatais 
que tiveram os crânios, 
literalmente, esmagados 
por este processo. 

Neste caso, o maxilar, 
por ser menos resistente, 
é destruído primeiro; 
logo após, 
o crânio rompe-se 
deixando fluir 
a massa cerebral.









QUEBRADOR DE JOELHOS :



Aparelho simples composto 
por placas paralelas 
de madeira unidas 
por duas roscas. 

À medida que as roscas 
eram apertadas 
pelo executor, 
as placas, 
que podiam conter 
pequenos cones metálicos 
pontiagudos, 
pressionavam os joelhos 
progressivamente, 
até esmagar a carne, 
músculos e ossos.


Esse tipo de tortura era 
usualmente feito por sessões. 

Após algumas horas, a vítima, 
já com os joelhos 
bastante debilitados, 
era submetida a novas sessões.










MESA DE EVISCERAÇÃO :



O condenado era preso sobre a mesa de modo 
que mãos e pés ficassem imobilizados. 

O carrasco, manualmente, produzia um corte 
sobre o abdômen da vítima. 

Através desta incisão, era inserido um pequeno gancho, 
preso a uma corrente no eixo. 

O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, 
os órgãos internos da vítima à medida 
que o carrasco girava o eixo.










PÊNDULO :



Um dos mecanismos mais simples 
e comuns na Idade Média. 

A vítima, com os braços para traz, 
tinha seus pulsos amarrados (como algemas) 
por uma corda que se estendia 
até uma roldana e um eixo. 




A corda puxada 
violentamente 
pelo torturador, 



através deste eixo, 
deslocava os ombros 
e provocava diversos ferimentos 
nas costas e braços do condenado.



Também era comum 
que o carrasco elevasse a vítima 
a certa altura e soltasse repentinamente, 
interrompendo a queda logo em seguida. 


Deste modo, 
o impacto produzido 
provocava ruptura das articulações 
e fraturas de ossos. 

Ainda, 
para que o suplício 
fosse intensificado, 
algumas vezes, 
amarrava-se pesos 
às pernas do condenado, 
provocando ferimentos 
também nos membros inferiores. 

O pêndulo era usado 
como uma "pré-tortura", 
antes do julgamento.











PÔTRO :



Uma espécie de mesa 
com orifícios laterais. 
A vítima era deitada sobre 
a mesa e seus membros, 
(partes mais resistentes 
das pernas e braços, 
como panturrilha e antebraço), 
presos por cordas 
através dos orifícios. 

As cordas eram giradas 
como uma manivela, 
produzindo um efeito 
como um torniquete, 
pressionando progressivamente 
os membros do condenado.

Na legislação espanhola, 
por exemplo, 
havia uma lei que regulamentava 
um número máximo 
de cinco voltas na manivela; 
para que caso a vítima 
fosse considerada inocente, 
não sofresse seqüelas irreversíveis. 

Mesmo assim, 
era comum que os carrascos, 
incitados pelos interrogadores, 
excedessem muito esse limite 
e a vítima tivesse a carne 
e os ossos esmagados.









MÉTODOS DE EXECUÇÃO :





GUILHOTINA :


Inventada por Ignace Guillotine, 
a guilhotina 
é um dos mecanismos 
mais conhecidos 
e usados para execuções. 



A lâmina, 
presa por uma corda 
e apoiada entre 
dois troncos verticais, 
descia violentamente 
decapitando o condenado.






O SERRÓTE :


Usada principalmente 
para punir homossexuais, 
o serrote era uma das formas 
mais cruéis de execução. 

Dois executores, 
cada um e uma extremidade do serrote, 
literalmente, 
partiam ao meio o condenado, 
que preso pelos pés 
com as pernas entreabertas 
e de cabeça para baixo, 
não tinha a menor 
possibilidade de reação. 

Devido à posição 
invertida que garantia 
a oxigenação do cérebro 
e continha o sangramento, 
era comum que a vítima 
perdesse a consciência 
apenas quando a lâmina 
atingia a altura do umbigo.








ESPADA, MACHADO E CÊPO :


As decapitações eram 
a forma mais comum 
de execução medieval. 

A decapitação pela espada, 
por exigir uma técnica 
apurada do executor 
e ser mais suave 
que outros métodos, 
era, geralmente, 
reservada aos nobres. 

O executor, 
que apurava sua técnica 
em animais e espantalhos, 
ceifava a cabeça da vítima 
num único golpe horizontal 
atingindo o pescoço do condenado.

O machado era usado 
apenas em conjunto com o cepo. 

A vítima era posta ajoelhada 
com a coluna curvada 
para frente e a cabeça 
apoiada no cepo. 

O executor, num único 
golpe de machado, 
atingia o pescoço 
da vítima decepando-a.







GARRÓTE :


Um tronco de madeira com 
uma tira de couro e um acento. 

A vítima era posicionada sentada na tábua horizontal 
de modo que sua coluna fique ereta 
em contato com o tronco. 

A tira de couro ficava na altura do pescoço e, 
à medida que era torcida pelo carrasco, 
asfixiava a vítima. 

Há ainda uma variação na qual, preso ao tronco 
na altura da nuca da vítima, 
encontrava-se uma punção de ferro. 

Esta punção perfurava as vértebras da vítima 
à medida que a faixa de couro era apertada. 

O condenado podia falecer tanto pela perfuração 
produzida pela punção quanto pela asfixia.









GAIÓLAS SUSPENSAS :


Eram gaiolas pouco maiores 
que a própria vítima. 

Nela, o condenado, 
nu ou seminu, 
era confinado 
e a gaiola suspensa 
em postes de vias públicas. 

O condenado 
passava dias 
naquela condição 
e morria de inanição, 
ou frio em tempos de inverno. 

O cadáver ficava exposto 
até que se desintegrasse.




SUBMERSÃO :

A submersão podia ser usada 
como uma técnica 
de interrogatório, 
tortura ou execução. 

Neste método, 
a vítima é amarrada 
pelos braços e suspensa 
por uma roldana 
sobre um caldeirão 
que continha água 
ou óleo fervente. 

O executor 
soltava a corda 
gradativamente 
e a vítima 
ia submergindo 
no líquido fervente.








EMPALAÇÃO :


Este método foi amplamente 
utilizado pelo célebre Vlad Tepes. 

A empalação consistia 
em inserir uma estaca 
no ânus, umbigo 
ou vagina da vítima, 
a golpes de marreta. 

Neste método, 
a vítima podia ser posta
 "sentada" sobre a estaca 
ou com a cabeça para baixo, 
de modo que 
a estaca penetrasse 
nas entranhas da vítima e, 
com o peso do próprio corpo, 
fosse lentamente perfurando 
os órgãos internos. 

Neste caso, dependendo 
da resistência física do condenado 
e do comprimento da estaca, 
a agonia se estendia por horas.








CREMAÇÃO :


Este é um dos métodos de execução mais conhecidos 
e utilizados durante a inquisição. 

Os condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica 
eram amarrados em um tronco e queimados vivos. 

Para garantir que morresse queimada e não asfixiada pela fumaça, 
a vítima era vestida com uma camisola embebida em enxofre.










ESTIRAMENTO :


A vítima era posicionada 
na mesa horizontal 
e seus membros 
presos às correntes 
que se fixavam num eixo. 

À medida 
que o eixo era girado, 
a corrente 
esticava os membros 
e os ossos e músculos 
do condenado desprendiam-se. 

Muitas vezes, 
a vítima agonizava 
por várias horas 
antes de morrer.







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