quarta-feira, 6 de julho de 2011

A PEDRA DE ROSÊTA !!

        A DESCOBERTA DA ESCRITA EGÍPCIA :






A DESCOBERTA :


A pedra foi encontrada no Egito em agosto de 1799, 
por soldados do exército de Napoleão Bonaparte, particularmente 
por um oficial chamado Bouchard, enquanto conduziam 
um grupo de trabalho de engenheiros para o Forte Julien
cerca de 56 km ao leste de Alexandria




Devido aos termos da capitulação francesa 
diante do Reino Unido em 1801, a pedra foi cedida 
às autoridades militares britânicas e depositada no Museu Britânico
onde se encontra até os nossos dias. 




O bloco de pedra apresentava glifos cunhados 
em três partes distintas. 




Cada parte revelava um tipo de escrita que 
em nada se assemelha às demais.














O VALOR :




Quando Napoleão, um imperador conhecido por sua ampla visão 
da educação, arte e cultura, invadiu o Egito em 1798 
e trouxe consigo um grupo de estudiosos, que foram orientado 
a levar à França todas as relíquias que considerassem 
de interesse cultural ou artístico. 




Pierre Bouchard, um dos soldados de Napoleão
soube calcular o valor da pedra basáltica, 
que tinha quase 1,4 m de comprimento e 85 cm de largura 
num forte perto de Roseta




Quando os britânicos derrotaram Napoleão em 1801, 
se apropriaram da Pedra de Roseta




Diversos estudiosos, entre os quais o inglês Thomas Young
fizeram algum progresso na decifração inicial 
dos hieróglifos da Pedra de Roseta




Porém, foi o egiptólogo francês Jean-François Champollion (1790-1832)
ele mesmo professor de idiomas antigos, que finalmente 
decifrou os hieróglifos, valendo-se de seu conhecimento 
de grego como guia. 




Os hieróglifos usavam figuras para representar os objetos, 
sons e grupos de sons. 




Uma vez que as inscrições da Pedra de Roseta foram traduzidas, 
a linguagem e a cultura do Antigo Egito foram repentinamente abertas 
aos cientistas como nunca antes.


















O CONTEÚDO :




O faraó Ptolomeu V Epifânio havia concedido ao povo a isenção 
de uma série de impostos. 


Em sinal de agradecimento, os sacerdotes ergueram 
uma estátua de Ptolomeu V em cada templo 
e organizaram festividades anuais em sua honra. 




Para deixar registrada para sempre tal decisão, 
gravaram-na em várias estelas comemorativas 
e colocaram uma delas em cada templo importante da época. 




Os soldados de Napoleão encontraram uma dessas pedras. 




Apesar de estar mutilada, foi possível reconstituir a totalidade 
do texto original da estela, graças a outras cópias do decreto 
que foram encontradas. 




Ele reza :

" No decorrer do reinado do jovem 
que sucedeu a seu pai na realeza, 
Senhor dos Diademas, mui glorioso, 
que estabeleceu o Egito 
e foi piedoso perante os deuses, 
triunfante sobre seus inimigos 
e que restaurou a paz 
e a vida civilizada entre os homens, 
Senhor dos Festivais dos Trinta Anos
semelhante a Ptah, o Grande
um rei como
grande rei dos países Alto e Baixo, 
progênie dos Deuses Filopatores
aprovado por Ptah, a quem  
deu a vitória, 
imagem viva de Amum
filho de
PTOLOMEU, ETERNO
AMADO DE PTAH, no nono ano, 
quando Aetos, filho de Aetos, 
era sacerdote de Alexandria 
e os deuses Sóteres 
e os deuses Adelphoi 
e os deuses Evergetes 
e os deuses Filopatores 
e o deus Epifânio Eucaristo
Pyrrha, filha de Philinos
sendo Athlophoros de Berenice Evergetes
Areia, filha de Diogenes
sendo Kanephoros de Arsinoe Filadelfo
Irene, filha de Ptolomeu
sendo sacerdotisa de Arsinoe Filopator
aos quatro do mes de Xandikos
de acordo com os egípcios, 
o 18ª de Mekhir.



O DECRETO


Estando reunidos 
os Sacerdotes Principais 
e Profetas 
e aqueles que adentram 
no templo interior 
para paramentar 
os deuses, 
e os Portadores de Abano 
e os Escribas Sagrados 
e todos os demais sacerdotes 
dos templos da terra que vieram 
se encontrar com o rei em Mênfis 
para a festa da assunção 
de PTOLOMEU, ETERNO
O BEM AMADO DE PTAH
O DEUS EPIFÂNIO EUCARISTO
o sucessor de seu pai 
na realeza; 


estando todos reunidos 
no templo de Mênfis 
nesse dia, 
declaram que : 


considerando 
que o rei PTOLOMEU, ETERNO
O BEM AMADO DE PTAH
O DEUS EPIFÂNIO EUCARISTO
o filho do rei Ptolomeu 
e da rainha Arsinoe
os deuses Filopatores,
 foi um benfeitor tanto do templo 
quanto daqueles que vivem nele, 
bem como de seus assuntos, 
sendo um deus oriundo de um deus 
e de uma deusa amados de Hórus
o filho de Ísis e de Osíris
que vingou seu pai Osíris
estando propiciamente 
inclinado 
em relação aos deuses, 
destinou à renda 
dos templos riquezas 
e milho e empreendeu 
muitas despesas 
para a prosperidade 
do Egito 
e para a manutenção 
dos templos 
e foi generoso 
sobretudo 
com seus próprios meios; 


e isentou alguns 
e abrandou para outros 
os impostos 
e taxas cobrados no Egito, 
para que essas pessoas 
e todas as demais 
pudessem viver 
em prosperidade 
durante seu reinado; 


e considerando 
que ele anulou os débitos 
que numerosos egípcios 
e o restante do reino 
tinham com relação 
à coroa; 


e considerando que 
para aqueles 
que estavam presos 
e aos que estavam 
sob acusação 
há muito tempo, 
ele decidiu 
aliviá-los das cargas 
que pesavam contra eles; 


e considerando 
que ele confirmou 
que os deuses 
continuarão 
a viver das rendas 
dos templos 
e das dotações 
anuais recebidas, 
tanto de grãos 
quanto de bens, 
bem como 
das rendas destinadas 
aos deuses 
pelos vinhedos, 
jardins 
e outras propriedades 
que pertenciam 
aos deuses 
durante o reinado 
de seu pai; 


e considerando 
que ele também 
decidiu, 
em respeito 
aos sacerdotes, 
que eles não devem, 
para admissão 
ao sacerdócio, 
pagar mais 
do que as taxas 
estabelecidas durante 
o reinado do seu pai 
e até o primeiro ano 
do seu próprio reinado; 


e desobrigou 
os membros 
das ordens sacerdotais 
da viagem anual 
a Alexandria; 


e considerando 
que ele decidiu 
que não 
haverá mais nenhum 
recrutamento compulsório 
para a marinha; 


e que da taxa 
sobre tecido de linho fino 
pago pelos templos 
à coroa 
ele reduziu 
dois terços; 


e que qualquer 
que tenham sido 
as negligências 
de tempos passados, 
ele as corrigiu 
devidamente, 
destacando-se muito 
particularmente 
as taxas tradicionais 
a serem pagas 
apropriadamente 
aos deuses; 


e igualmente 
a todos 
ministrou justiça, 
como Thoth
o grande e grande; 


e decretou 
que aqueles 
que retornam da guerra 
e aqueles 
que foram 
espoliados 
de seus bens 
nas épocas 
de turbulência, 
devem, 
no seu retorno, 
ser autorizados 
a ocupar suas 
antigas propriedades; 


e considerando 
que ele autorizou 
o desembolso 
de grande quantidade 
de dinheiro e grãos 
para enviar a cavalaria, 
a infantaria e a marinha 
contra aqueles 
que invadirem o Egito 
por mar e por terra, 
a fim de que os templos 
e todos aqueles 
que habitam na terra 
possam estar 
em segurança; 


e que tendo 
ido a Lycopolis
no nomo de Busirite
com um 
abundante arsenal 
e outras provisões, 
para constatar 
e dissipar 
o descontentamento 
provocado 
por homens ímpios 
que perpetraram danos 
aos templos e 
a todos os habitantes 
do Egito, 
ele a circunvalou 
de pequenas colinas, 
canais 
e complicadas fortificações; 


quando o Nilo
que habitualmente 
inunda as planícies, 
teve uma 
grande cheia 
no oitavo ano 
do seu reinado, 
ele a evitou 
construindo 
em numerosos 
locais desvios 
para os canais, 
por um custo irrisório, 
e confiando 
a guarda 
desses locais 
à cavalaria 
e à infantaria, 
em pouco tempo, 
ele tomou de assalto 
a cidade 
e matou todos 
os homens ímpios, 
tal como 
o fizeram Thoth e Hórus
o filho de Ísis e Osíris
em tempos passados, 
para subjugar 
os rebeldes 
no mesmo distrito; 
e como seu pai 
havia feito 
com os rebeldes 
que haviam 
molestado a terra 
e lesado os templos, 
ele veio a Mênfis 
para vingar 
seu pai 
e sua própria realeza 
e os puniu 
como eles mereciam; 


aproveitando-se 
de sua vinda, 
ele fez executar 
as cerimônias 
adequadas 
da sua coroação; 
e considerando 
que ele dispensou 
o que era 
devido à coroa 
pelos templos 
até o seu oitavo ano, 
não exigindo sequer 
uma pequena quantidade 
de milho ou dinheiro; 


e que fez descontos 
também
nas multas para 
os tecidos de linho fino 
não entregues à coroa 
e para os que 
foram entregues 
diminuiu as taxas 
pelo mesmo período; 


e que ele também 
isentou os templos 
do imposto de uma medida 
de grão para cada medida 
de terra sagrada e, 
da mesma forma, 
de uma jarra de vinho para 
cada medida 
de terra dos vinhedos; 


e considerando 
que ele fez 
muitas oferendas 
a Ápis e a Mnevis 
e aos outros 
animais sagrados 
do Egito, 
pois ele é muito 
mais preveniente 
do que os reis 
que o precederam 
com relação a tudo 
que lhes dizia respeito; 


e que 
para seus funerais ofertou 
o que era conveniente 
com prodigalidade e fausto, 
e que o que foi pago 
aos seus 
santuários específicos 
o foi regularmente, 
com sacrifícios e festivais 
e outras 
observâncias costumeiras, 
e que ele manteve a honra 
dos templos do Egito 
de acordo com as leis; 


e que ornou o templo de Ápis 
com um rico trabalho, 
dispendendo com isso 
grande quantidade de ouro, 
prata e pedras preciosas; 


e considerando que 
ele fundou templos 
e santuários e altares 
e reparou aqueles 
que necessitavam 
de reparo, 
tendo o espírito 
de um deus benfeitor 
no que diz respeito 
à religião; 
e considerando que, 
após levantamento, 
ele vem reconstruindo, 
durante seu reinado, 
os mais honoráveis 
dos templos, 
como se fazia 
necessário; 


em recompensa pelo 
que os deuses 
lhe têm dado saúde, 
vitória e poder, 
e todas 
as demais coisas boas, 
e ele e seus filhos 
permanecerão 
na prosperidade 
por todos os tempos. 




COM FORTUNA PROPÍCIA : 




Foi decidido 
pelos sacerdotes 
de todos os templos 
da terra 
aumentar grandemente 
as honras devidas 
ao Rei 
PTOLOMEU, ETERNO
O BEM AMADO DE PTAH
O DEUS EPIFÂNIO EUCARISTO
igualmente 
as de seus pais, 
os Deuses Filopatores
e as de seus ancestrais, 
os Grandes Evergetes 
e os Deuses Adelphoi 
e os Deuses Sóteres 
e colocar no local 
mais proeminente 
de cada templo 
uma imagem 
do ETERNO REI PTOLOMEU
O BEM AMADO DE PTAH
O DEUS EPIFÂNIO EUCARISTO
que será chamado 
simplesmente "PTOLOMEU
o defensor do Egito", 
ao lado do qual 
deverá permanecer 
o deus principal 
do templo, 
entregando-lhe 
a cimitarra da vitória, 
e tudo será fabricado 
segundo os 
usos e costumes 
egípcios; 
e que os sacerdotes 
prestarão homenagem 
às imagens 
três vezes por dia, 
e colocarão sobre elas 
as vestimentas sagradas, 
e executarão 
outras devoções 
habituais 
como são devidas 
aos demais deuses 
nos festivais egípcios; 
e construir para o rei 
PTOLOMEU
O DEUS EPIFÂNIO EUCARISTO
descendente 
do Rei Ptolomeu 
e da Rainha Arsinoe
os deuses Filopatores
uma estátua 
e um santuário 
de ouro 
em cada um 
dos templos, 
e colocá-lo 
na câmara interior 
com os 
outros santuários; 
e nos grandes festivais 
nos quais 
os santuários 
são levados 
em procissão, 
o santuário do 
DEUS EPIFÂNIO EUCARISTO 
será levado 
em procissão 
junto com os demais. 




E para que ele possa 
ser facilmente 
reconhecido agora 
e para todo o sempre, 
deverão ser colocadas 
sobre o santuário 
dez coroas reais de ouro, 
às quais será acrescida 
uma naja, 
à semelhança de todas 
as coroas ornadas 
com najas 
que estão 
sobre os demais santuários, 
no centro da coroa dupla 
que ele usava 
quando adentrou 
o templo de Mênfis 
para realizar 
as cerimônias 
de sua coroação; 
e na superfície 
que rodeia as coroas, 
ao lado da coroa 
acima mencionada, 
deverão 
ser colocados 
símbolos de ouro, 
em número de oito, 
significando que esse 
é o santuário do rei 
que uniu 
os países Alto e Baixo




E como 
o aniversário do rei 
é celebrado no 
30º dia de Mesore 
e como também 
se celebra o 
17º dia de Paophi
dia em que ele 
sucedeu a seu pai, 
esses dias foram 
considerados 
como dias 
de devoção 
nos templos, 
pois eles 
são fontes 
de grandes bençãos 
para todos; 
e foi decretado 
ainda 
mais que 
um festival 
terá lugar 
nos templos 
por todo o Egito 
nesses dias 
de cada mês, 
acompanhados 
de sacrifícios 
e libações 
e todas as 
cerimônias costumeiras 
dos outros festivais 
e oferendas 
serão feitas 
aos sacerdotes 
que servem 
nos templos. 




E um festival 
terá lugar 
em honra do Rei 
PTOLOMEU, ETERNO
O BEM AMADO DE PTAH
O DEUS EPIFÂNIO EUCARISTO
anualmente, 
nos templos 
por todos 
os cantos da terra 
no 
1º dia de Thoth 
durante cinco dias, 
durante os quais eles 
usarão guirlandas 
e executarão 
sacrifícios e libações 
e outros 
sacramentos habituais, 
e os sacerdotes 
de cada templo 
serão chamados 
os sacerdotes 
do DEUS EPIFÂNIO EUCARISTO 
e mais os nomes 
dos outros deuses 
que eles servem; 
e seu sacerdócio 
será inscrito 
sobre todos 
os documentos oficiais 
e será gravado 
nos anéis que eles usam; 
e os particulares 
serão também 
autorizados a assistir 
os festivais 
e a instalar o santuário 
supra-mencionado 
em suas casas; 
executar as celebrações 
supra-mencionadas 
anualmente, 
a fim de que todos 
e cada um possa saber 
que os homens 
do Egito 
exaltam e honram 
o DEUS EPIFÂNIO EUCARISTO
o rei, de acordo com a lei. 




Este decreto 
será inscrito 
sobre uma estela 
de pedra 
nos caracteres 
sagrados e nativos 
e gregos 
e será erigida 
em cada um dos templos 
de primeiro, 
segundo e terceiro graus, 
ao lado da imagem 
do Rei Eterno."

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